CLICK HERE FOR THOUSANDS OF FREE BLOGGER TEMPLATES »

30.7.08

Folder.

De caneta vermelha um esboço do que colocaria no jornal do dia seguinte.

"Mulher 32 anos 25 anos, companheira para tudo,"
Na verdade tinha lá seus 32 mas o que são 7 anos quando seu interior ainda é jovem, não é mesmo? Gostava de sair mas nem tanto, pra ser sincera só ficava em casa e detestava qualquer idéia de ir pra rua, mas precisava de um homem ora bolas.

"divorciada, dois filhos amante de crianças e cães"
Se sentiu realmente esperta. Dois filhos quase criados, uma menina e um garoto, mas se dissesse as chances cairiam pela metade ou mais, contar depois era um bom negócio. Também não tinha paciência para os cães mas tinha dois, afinal semanas atrás os filhos espernearam em frente ao pet shop da esquina até conseguirem o que queriam - um poodle e uma pug, os dois hiperativos. Por que, Deus do céu, não escolheram peixinhos dourados?

"aprecio boa culinária"
Comida congelada, pré-cozida, instantânea e diet, ou, congelada-pré-cozida-instantânea-diet. Melhor que nada, pelo menos "sabia" cozinhar, morrer de fome não aconteceria, a gente pede uma pizza no sábado e fica tudo certo. Pipoca de microondas também era uma boa.

"bem resolvida e trabalhadora"
Se enquadrava melhor em "workaholic" do que trabalhadora, não largava o lap top nem antes de dormir. Por bem resolvida entenda, filhos, casa, cachorro e pacote completo, tudo bem feito. Crianças na escola, cachorros gordinhos, casa bagunçada - infância é fogo. Por pacote completo entenda: Não tenho empregada, tento manter o lugar organizado mas é difícil, louça na pia, roupa por passar, por lavar e por comprar, sapatos de ponta cabeça, brinquedos por todo lado e almofadas rasgadas.

"quase sempre bem humorada"
As duas palavras mais mal combinadas se estivesse falando dela. Poderia ter sido qualquer coisa - engraçada, bipolar, explosiva, imprevisível, tudo exceto bem humorada.
Reclamava, gritava, brigava, xingava, chorava e milhões de "avas". Mas mulher legal é mulher bem humorada, então era. Isso se não estivesse de TPM, extressada, nervosa, cansada, entediada. Ah, não eram tantos fatores consideráveis assim e também não era tão difícil, nem tinha nada à ver com alinhamento dos astros e essas coisas.

"procura:(...)"
E como procura.

A propaganda é a alma do negócio. Só esperava não parar no procon por isso, mas ontem mesmo tinha lido algo parecido.
"Homem 26, esportista, sincero, gosta de ficar em casa, adora crianças, paciente e companheiro, sem vícios, carinhoso e fiel, procura:"

25.7.08

Mera Mortal.

Era durona, coração preto e peludo, uma personalidade forte de doer, não se apaixonava, andava por aí pisoteando os pedaços dos corações que partia. Tinha tudo o que se precisa pra ser feliz. Amigos loucos, trabalho bom, cachorros pertubados, travesseiro macio e chocolate.
Alguns garotos andavam seguindo seus passos, acumulava paixões platônicas, colecionava eu te amos em variados sotaques e línguas, colava todos com água e farinha no album de figurinhas, os repetidos colocava na gaveta pra quem sabe mais tarde passar os olhos, massagem no ego.
Vamos ser sinceros, não era de uma beleza estonteante mas tinha lá seus charmes e mistérios, diziam que era encantadora, tinha voz doce e jeito de "cuida de mim". Não gostava!
Imprevisível, ou previsível, ou as duas coisas. Era contraditória. Seus planos eram óbvios, peculiares, obviamente peculiares - Um xalé com flores amarelas nas janelas, assoalho de madeira rústica, cortinas brancas e cheiro de pão quentinho o dia todo, um labrador amarelo gigante andando pra lá e pra cá e derrubando os enfeites, uma cama king size e edredom tamanho extra-grande (gostava de se enfiar naquilo tudo e olhar o nada), filme nos sábados chuvosos. Tudo sozinha.
Não dividia alegrias, nem receios, nem dores, nem nada, muito menos amor. Na única vez que tentou essa matemática de 1+1=2 pensou ter entrado num avião destino - paraíso. Calculou errado. Não quis tentar nunca mais.
As pessoas eram coisas. Não que isso seja ruim.
Uma era o espelho, conversava só pra se ver frente à frente. O outro o abrigo, só procurava quando era preciso.
Transformando sentimentos bonitos em outro totalmente o oposto. Metia o pé pelas mãos, terminava frases sérias com piadas de mal gosto. Dava risada da própria aflição. Só percebia que caiu quando sentia o chão. Era ridiculamente desajeitada.

...

Enfim se tornara um ser humano.
(ou não)



Aliás, nem tudo contido no blog me contém.

18.7.08

Droga, me apaixonei!

É sempre assim que começa.
O mar de rosas, o mundo cor-de-rosa
(por que tudo é rosa quando se fala sobre isso?)
Estou vivendo um conto de fadas! Nossa história vai virar livro, filme, novela, uma peça de teatro quem sabe.
Isso dura lá um tempo razoável, até que você começa perceber os defeitos e que a perfeição não é tão perfeita assim, mas ok, todos temos.
Ok? E quando chega o ponto de notar somente os defeitos? Não somos só defeitos, certo?
E enfim, a magia acaba!
Daí que quando estamos mal, não aparece um dito-cujo pra dizer: calma, tu vai ficar bem.
E a dor quem carrega é você.
Então começa a via crucis, que é mais ou menos nessa ordem:
Primeiro o soco no estômago.
Daqueles de tirar o ar por dias. Feito corte no céu da boca, você tenta não chorar pensando que é a pior coisa agora, "não vou chorar, não vou chorar", os olhos se enxem de água e ainda naquela, parece que te enfiam cebolas nos olhos, antes fosse. O outro faz questão de arrancar tuas víceras pelo nariz, mas pode dizer, se fosse você no lugar dele faria o mesmo!
Depois vem a depressão, a sala vazia e escura.
"Não quero ver o mundo lá fora", você pensa. Talvez nunca mais seja a mesma coisa, talvez nunca mais haja vida. Nada mais vale a pena, tudo o que pode melhorar é ficar trancado no quarto com uma pilha de barras de chocolate e um travesseiro quentinho.
E então: Haja luz!
Um belo dia te ligam, ahá, é tudo o que precisa. Vai, dança, bebe, descontração total, mas adivinhe quem teve uma idéia parecidíssima. Lá vem a nuvem negra. "Não dessa vez" pensa com seus botões. Lá mesmo acaba conhecendo aquela pessoa, aquela que você sempre sonhou.
E enfim...

Droga, me apaixonei outra vez.

É mesmo um círculo vicioso, é sim!

11.7.08

Respeitável público!!!

A vida é mesmo um picadeiro. Cada dia a gente tem de ser algo.

Dias de Malabarista.
Naqueles dias que tudo parece querer ser feito de uma vez só, e enquanto tu joga uma das bolinhas pra cima a outra já está caindo, aí tu pega e joga pra cima outra vez. Duas, três, quarenta e sete bolinhas. Quando bater o recorde de malabarismo com mais malabares é fácil!!

Dias de Mágico.
Tirar coelhos da cartola, levitar, serrar pessoas ao meio, desaparecer. Tudo o que eu queria era ser uma. Afinal, quer maneira mais fácil de sair das situações do que essas? Aliás, a gente vive mesmo fazendo mágica por aí. Enfeitiçando meio mundo e tirando as cartas das mangas.

Dias de Contorcionista.
Tudo parece lindo pra quem olha de fora: "nossa, ela faz isso tão fácil". Aí ninguém sabe quanto tempo levou pra tu conseguir passar dentro de uma caixinha de fósforo, mas é bem bonito ver as pessoas se contorcendo pra sair das situações. Contorcionismo nas respostas, nas perguntas. É pura elasticidade!!

Menina do pano, domador de leões, trapezista, engolidor de fogo, atirador de facas. Tanto faz!
No final a gente mais parece palhaço!


"vai vai vai começar a brincadeira"

9.7.08

E mais um.

Algumas coisas me deixam nostalgica.

Nostalgia!
Como se, de repente, ficassem todos os tempos dentro de um tempo só, e um tanto de lembranças, vontades e saudade se misturassem dentro de um único recipiente - Eu!
É só um ponto que ficou sem nó, nada de feridas abertas... Feridas vieram de dores que não lembramos com sorriso.
Porque por mais que aceite o fato de não mais ter aquilo que, na verdade, nunca tive. Ainda dá vontade de ter tido e é só olhar pro lado que ainda vou poder dizer:
Podia ter sido realmente uma linda história, e ainda pode, ou não, talvez sim... a vida se encarrega de dizer.
Ainda assim dá vontade de realizar todos os planos, as idéias, as idas no cinema, o sorvete na pracinha, o pôr-do-sol em frente o mar, as tantas horas de viajem pra poder sentir o abraço.
Realmente teria sido uma história bonita, bonita até demais.

Melhor sentir falta do que poderia ter sido mas não foi. Do que pedir pra não ter sido o que de fato foi.


E lá se vai mais um post entre surtos e ataques clichés, mais um.


"So I turn the page and read the story again and again and again"
Jack Johnson - Never Know

5.7.08

Chutando

E voltou a fase "eu chuto":
Simpatia, por que ser simpática quando, na maior das verdades, eu não sou?
Não converso com acéfalas reboladoras de festa infantil, nem adianta.
Nem que eu fosse homem... Mentira, se eu fosse homem faria. Afinal, elas estão lá para chamar a atenção não é?
Chute uma "micareteira" e seja feliz!
E outra, se não fosse este tipo de garota, as garotas realmente legais não teriam seu devido valor, não que tenham muito, mas dá pra viver com dignidade haha.

O que eu acho interessante são os malabarismos que todo mundo faz pra agradar todo mundo.
Que agradar o que!
Metade das pessoas que falam contigo estão pensando com seus botões, refletindo sobre tudo e cantando uma melodia relaxante, do tipo:
EU QUERO VER O O-CÔôÔÔ!!!
Milhões de fucking simpáticos!!!


Só!


"Por favor, confie em mim. Decididamente, eu sei ser animada, sei ser amável. Agradável. Afável. E esses são apenas os As. Só não me peça para ser simpática. Simpatia não tem nada a ver comigo."
A Menina Que Roubava Livros




Possuímos seis saídas de emergência:
Duas sobre as asas, duas na parte traseira e duas na parte dianteira(?)
Liga o som e apaga a luz!
Ole Black 'n Blue Eyes - The Fratellis
(>)

3.7.08

Reprisando coisas que não fiz.

Taí, hoje o título condiz!
[mais um post sobre mim, mim e mim]

Não são sonhos. São perdas!
Até porque sonhos a gente constrói como algo intocável, ninguém tem a capacidade de aquietar um sonhador, ele pode até se comportar, mas sossego não combina com sonhos.
Sonhos são desejos escondidos, são necessidade excessiva, são urgentes, mas esperam. E esperam!
Não é como saudade.
Saudade não espera. Saudade só quer, só pede, só... exige!
E exige exatamente aquilo que não conseguimos alcançar, que não nos cabe mais, que talvez, a gente tenta esquecer. Esquecer dói.
Esquecer é tentar apagar o que está tatuado, é tirar a força o que marcou, "arrarcar no dente" o que dá vontade de ter pra sempre. Só uma coisa pode doer mais que esquecer. Ser esquecido.
Ser esquecido tira o fôlego, toma o chão, abre um buraco, um vazio que não cabe nada, absolutamente. Mata todas as borboletas do estômago.
Borboletas no estômago é vontade, desejo. Ilusão!
É ao mesmo tempo bom e ruim, ódio e amor, mágoa e carinho, tristeza e felicidade. É misturar doce e amargo, tipo refrigerante e vodka, a gente não entende como, mas fica bom. O pior é que fica bom.
Bom é condicional. "Bom pra você, feito pra mim". "Me faz chorar e é feito pra rir". Essas coisas.
Chorar. Transbordar! Não aguenta mais, submergido demais, transborda. Chora. É quase como rir, só que um sai dos olhos o outro dos pulmões, porque quer coisa que te faz perder o ar como rir? =]
Perder...

Perder é uma lacuna. Perder não é!
Indefinível.
É só lembrar do que perdeu.
Reprisar tudo o que não fez.

:*

2.7.08

Só receio.

É que quando parece tudo okay, então o mundo vira de ponta-cabeça
E quando você já está se acostumando a olhar tudo ao contrário, te colocam em pé outra vez, te viram e desviram, te mexem e re-mexem.





Segredos de Liquidificador.

1.7.08

Changes.

Algo mudou, mas o quê?

x]