Nunca repassei e-mails do tipo "mande para duas mil quatrocentos e cinquenta e sete pessoas ou nunca encontrará seu grande amor", bobagem!
No primário não respondia caderno de perguntas - "Nem a pau" era o que eu dizia. Tudo por causa do final deles, agora escreva o seu ou não vai viver com seu príncipe encantado. Não acredito em príncipe encantado!
Passei várias vezes por baixo das escadas, quebrei espelhos, criei gato preto, andei de costas, deixei chinelos virados, bebi água de ponta cabeça. Nunca bati na madeira.
Sem essa de amuletos, pé de coelho, figas, corações, trevo de quatro folhas. Dispensável. Nunca fiz simpatias, nem aquelas mais fáceis do tipo: coloque o nome do seu amado debaixo do travesseiro.
Na virada de ano nunca pulei com o pé direito, nunca usei calcinha rosa, vermelha, colorida. Não fazia pedidos, nem comia 7 uvas, nem guardava sementes e nem dava pulinhos.
Nunca combinei signos, nunca fiquei paranóica fazendo mapas astrais cruzados.
Azar no jogo sorte no amor?
Vou levar três vidas e meia pra consertar tudo isso.
Notinha:
- Eu não morri :]
16.9.08
18 anos de sorte no jogo
Escrito à lápis por Amanda 7 rabiscos
Marcadores: a volta dos que nao foram
3.9.08
"guii-lhooo-tiiii-naa...
...eu que controlo o meu guido-On"
Andar de bicicleta faz bem para a alma e para o corpo - exceto quando se está à dois anos sem encostar a bunda no selim, mas detalhes, detalhes.
Enquanto aproveitava meu horário de almoço para queimar calorias e se matar na marcha pesada aliviar a cabeça e dar uma volta de bike acabei me "literaturando" e descobri que só gostei, aliás terminei feliz, os livros que eu me achei dentro deles.
De repente me vejo toda Macabéa: Na esquina esperando o carro passar para atravessar a rua, passou, esqueci de atravessar. Tudo porque estava pensando em coisas como "eu gosto de parafuso e prego", tá bom não tinha parafuso nem prego no meio, mas eu também queria acordar mais cedo no domingo pra ficar mais tempo sem fazer nada hahaha, fora o cara que vive "tizorando" seus devaneios.
Outra hora me enxergo meio Pequeno Prícipe: Capaz de suportar duas ou três lagartas para ver uma borboleta, um mundo com uma rosa só,uma raposa que quer ser cativada, mundos diferentes que não me encaixo, etc etc etc.
Depois me atrevo e sou Lily: Fria e manipuladora, adaptando-me a situações que me convêm ser quem eu devo, "eu nunca vou dizer que te amo por mais que eu ame" things like these.
Me sinto Liesel Memminger: A roubadora de livros, que gosta do judeu na Alemanha nazista, que nunca mais vai experimentar champagne para não esquecer o gosto que teve em uma noite no passado, que nega beijos e só sabe que ama depois que ele morreu, que enrola cigarros para não fumar, que lê em voz alta e que quer dar um pedaço de céu para alguém.
Mas aí mudei de idéia, quero ser Rudy Steiner: Pula no rio para pegar o livro da amiga, se pinta de barro e sai correndo para ser Jessé Owens, chama a pessoa que mais gosta no mundo todo de Saumensh.
Enfim sou Zezé: Mato devagarzinho deixando de gostar, converso com Meu Pé de Laranja Lima e desconhecidos, faço cobras de meia-calça para assustar mulheres grávidas, acho que não deviam contar as coisas para crianças e que uma vida sem ternura não á lá muita coisa, quero uma roupa de poeta. Pego o revólver de Buck Jones e faço Bum!
Elementar mesmo, meu caro Watson é que andar de bicicleta no sol do meio dia faz isso com as pessoas.
Escrito à lápis por Amanda 6 rabiscos
Marcadores: Literaturando-me, patinetes